
Londres é uma das cidades mais visitadas do mundo e oferece um sistema de transporte público de alta qualidade e abrangente, não só para seus cidadãos mas também para os turistas que estão visitando a capital. Neste post nós vamos aprender juntos como funciona a rede de transporte para você ter uma experiência completa, economizando tempo e dinheiro enquanto descobre tudo o que a cidade tem para oferecer.
1. Quais os principais meios de transporte em Londres?
Metrô (Underground mas chamada carinhosamente pelos londrinos de Tube): é o metrô mais antigo do mundo, tendo sido inaugurado em 1963, e conecta praticamente toda a cidade. Com 11 linhas que cobrem 272 estações, ele é a maneira mais rápida de ir de um ponto ao outro e percorrer longas distâncias em pouco tempo.
Overground: é uma rede de trens na superfície que complementa o metrô, sendo útil para acessar áreas mais afastadas do centro.
DLR (Docklands Light Railway): um sistema de trem automatizado e que funciona sem operador, cobrindo as áreas de Docklands, antigos portos, e o East London (Leste de Londres).
Bondes (Tramlink): localizados mais ao sul de Londres, os bondes atendem Croydon e outras áreas próximas.
Ônibus: os tradicionais ônibus vermelhos de dois andares são um ícone da cidade. Mais econômicos que o metrô, eles oferecem uma excelente oportunidade de ver as atrações da cidade enquanto você se desloca mas não são aconselhados para grandes distância devido ao tráfego, especialmente se o percurso passar pelo centro.
River Bus: para uma experiência única, os barcos de transporte pelo rio Tâmisa são ótimos para cruzar de uma margem à outra e atravessar a cidade de leste à oeste (e vice-versa). Tem um custo mais elevado mas oferecem uma oportunidade única de ver a beleza dos edifícios de Londres em um ângulo diferente.
2. Como Pagar pelo Transporte em Londres
Existem algumas formas de pagamento no transporte público de Londres e escolher a certa pode te ajudar a economizar tempo e dinheiro:

Oyster Card: é um cartão recarregável que você pode adquirir em qualquer estação de metrô e em alguma lojas conveniadas. Ele pode ser recarregado online, através do site da TFL ou do aplicativo (disponível no Google Play ou Apple Store), ou pessoalmente, diretamente nas máquinas de recarga dentro das estações (algumas tem balcões de atendimento) e lojas conveniadas. O Oyster oferece tarifas reduzidas em comparação com a compra de bilhetes avulsos.
Cartão Contactless: cartões de crédito e débito contactless também são aceitos e são a forma mais fácil de se utilizar o transporte público. Funciona da mesma forma que o Oyster mas com a vantagem de não precisar comprar um cartão adicional.
Travelcard: ideal para quem vai passar vários dias em Londres e quer usar o transporte ilimitadamente. A Travelcard pode ser adquirida para períodos de 1-7 dias e até mesmo por 1 ano, para quem amou tanto a cidade que decidiu abandonar tudo para viver aqui. É válida para ônibus, metrô, DLR, overground e trens regionais dentro das zonas selecionadas e oferece descontos para as viagens de river bus (barco) pelo rio Tâmisa.
Bilhetes avulsos: são a opção mais cara, menos prática e por isso menos recomendada. Por isso, se você vai fazer mais de uma viagem por dia, considere o Oyster ou o Travelcard.
3. Como utilizar o transporte público
Metrô, DLR, overground e river bus: a maioria das estações do centro tem catracas, então basta encostar o cartão Oyster ou contactless no leitor amarelo ao entrar e também ao sair.

Muita atenção nas estações sem catraca, onde terão que buscar o tótem de leitores de cartão. Eles geralmente ficam nos corredores das entradas e próximos às escadas ou elevadores, quase nunca nas plataformas.
Não esqueça de aproximar o método de pagamento ao tótem para garantir que a tarifa correta seja cobrada!
Ônibus e Tramlinks: no caso dos ônibus, o leitor de pagamentos fica próximo à cabine do motorista, já nos tramlinks também é necessário procurar o tótem de pagamento. Em ambos só é necessário passar o método de pagamento somente na entrada.
Além dos transportes mencionados acima, existe ainda o IFS Cloud Cable Car, um bondinho que te permite atravessar o rio Tâmisa pelos ares e que merece um post dedicado (a breve).
4. Zonas e Tarifas
O transporte público de Londres é dividido em zonas tarifárias, que vão de 1 a 9. As principais atrações turísticas estão localizadas nas zonas 1 e 2, o que facilita muito a vida dos turistas!
Ônibus e tramlinks tem tarifa fixa válida por 1 hora a partir do ínicio da primeira viagem. Esta tarifa é chamada de Hopper e permite que você troque ilimitadamente de ônibus e bondes durante este período sem pagar mais nada por isso..
Já no restante dos transportes, o preço da passagem é calculado na zona de ínicio da sua viagem até a zona do destino. Viagens dentro da mesma zona são mais baratas e, quanto mais longe você for, mais caro será o valor da passagem.
Usando o Oyster ou um cartão contactless, você tem o limite diário (daily cap), ou seja, um valor máximo cobrado por dia, o que ajuda a controlar os gastos. Use sempre o mesmo cartão para entrar e sair das estações e para todas as viagens do dia para que este daily seja aplicado corretamente. Isso é muito importante e evita que vocês sejam cobrados tarifas mais altas ou erradas. Se acontecer, pode-se pedir o reembolso através do site ou do telefone da TFL, caso o método de pagamento tenha sido cadastrado.
Crianças viajam gratuitamente na maior parte dos transporte até os 10 anos de idade. Elas podem passar na catraca com algum adulto pagante ou basta soliticar para os funcionários e eles deixarão as crianças entrarem através do acesso aos cadeirantes.
Bagagens são permitidas mas não bloqueie os corredores ou vias de entrada e saída, lembre-se que os transportes são utilizados não só pelos visitantes mas especialmente pela população local.
4. Planejando Sua Viagem
Para se organizar e planejar seus deslocamentos, você pode usar aplicativos como o Google Maps mas o que mais utilizo na realidade é o Citymapper (disponível no Google Play ou Apple Store) não só por ser mais intuitiva, didática e pelas inúmeras funcionalidades, como por exemplo, ativar notificações específicas sobre determinadas linhas, mas, acima de tudo, por ser aquele no qual as atualiações sobre interrupções e atrasos é indicado mais rapidamento, o que é bastante útil para evitar contratempos.
Vale também lembrar que algumas linhas e estações de metrô não tem conexão à internet, aconselho ter no celular o mapa do PDF para não ficar na mão! Para baixar gratuitamente o mapa do transporte público é só clicar aqui:
5. Dicas Extras
- Evite os horários de pico: de segunda a sexta, entre 7h30-9h30 e 17h-19h, o transporte fica lotado e as tarifas mais caras. Se possível, planeje suas viagens fora desses horários para uma experiência mais tranquila.
- Fique atento ao Mind the Gap: essa famosa frase avisa os passageiros para terem cuidado com o espaço entre o trem e a plataforma. Algumas das estações, especialmente as mais antigas, são curvas enquanto os vagões são obviamente retos. Isso cria, em certos pontos, um vão que pode causar acidentes se os usuários não estiverem atentos.
Mind the Gap (Atenção ao Vão) se tornou tão famoso que é praticamente parte da herança cultural imaterial de Londres
- Deixe a esquerda liberada nas escadas rolantes: em Londres, o lado direito das escadas rolantes é reservado para quem deseja ficar parado e o lado esquerdo para aqueles que estão com pressa e querem subir ou descer andando. Por isso, faça atenção e não se ofenda nem se envergonhe se os usuários soltarem um alto Excuse me! (Com licença!), caso você se esqueça e pare no lado errado. Simplesmente responda Sorry (Sinto muito), mude pro lado direito e siga a viagem porque, acreditem, todo mundo já passou por isso.
- Aproveite o River Bus: se o tempo estiver agradável, considere usar os barcos no Tâmisa para ver a cidade de uma perspectiva diferente e apreciar pontos turísticos como a Greenwich, Torre de Londres, o Big Ben e a London Eye.
Pronto para começar a desbravar Londres?
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